Da maquina de lavar à de escrever
Conheça agora os destaques femininos da história da computação
A história da tecnologia também tem um toque feminino. É possível
provar essa afirmação narrando as conquistas na história da tecnologia
feitas por grandes mulheres. Em 1843, por exemplo, surge a primeira
expert. Filha do poeta Lord Byron, Ada Augusta Byron King foi
responsável por criar um programa capaz de melhor utilizar a maquina
analítica de Babbage – ciêntista considerado pai da computação. Em
homenagem a primeira programadora da história, em 1980, o Departamento
de Defesa dos Estados Unidos deu no nome de Ada a uma linguagem de
programação.
Logo em seguida, em 1941 um grupo de nove matemáticas da Universidade
da Pensilvânia é convocado integrar um programa militar secreto para
Segunda Guerra Mundial. Essas mulheres calcularam velocidades,
trajetórias, posições de balas e bombas para os soldados em combate.
Dando continuidade aos fatos, em meados de 1950 uma analista sistemas
da Marinha dos Estados Unidos, Grace Hopper, criou uma linguagem de
programação chamada “Flow-Matic”. O trabalho feito pela analista serviu
como base para a criação do Cobol (Linguagem Orientada aos Negócios). “É
como planejar o jantar. Têm que planear com antecedência, agendar e
lidar com detalhes. As mulheres são naturais na programação de
computadores”, afirmou Grace em entrevista à revista Cosmopolitan em
1967.
Também existiu Jean Sammet, cientista de computação americana. Ela foi responsável por desenvolver a linguagem Formac (
Formula Manipulation Compiler).
E Barbara Liskov que foi a primeira mulher a obter o grau de
doutoramento em computação, em 1668, tendo como tese o desenvolvimento
de um programa de computador para jogar finais de jogos de xadrez.
Com a Segunda Guerra Mundial, a indústria da computação crescia cada
vez mais e com isso a necessidade de mais de programadores e analistas.
Por sua vez a mulher foi tomando o seu espaço nesse ramo. Em 1987, 42%
dos desenvolvedores de software na América eram mulheres e 34% dos
analistas de sistemas na América também eram do sexo feminino. Por cerca
de duas décadas, o percentual de mulheres que ganharam graus de ciência
da computação aumentou constantemente, chegando a 37% em 1984.
Grace Hooper Foto: Divulgação
Segundo a Taulbee da Associação de Investigação de Computação, a
percentagem muito próxima dos 40% de mulheres de computação em meados
dos anos 90 veio para valores abaixo dos 12%. Contudo, as estatísticas
têm sido iluminadas nos últimos anos por um ligeiro incremento ao nível
da empregabilidade, docência e número de doutoramentos.
Uma professora do departamento de ciência da computação de
Massachusetts, EUA, Hanna Wallach, publicou em 2010 um estudo sobre
atividades típicas na computação em cada gênero: enquanto os homens
escrevem código, testam, efetuam o report de bugs e desempenham tarefas
de natureza técnica, as mulheres parecem concentrar-se na documentação,
organização de eventos, tradução e tarefas de natureza social.
No Brasil também existem mulheres que estão entre os principais
cargos na área da computação. Uma grande profissional da área é Dilma M.
da Silva, Ph.D em ciência da computação pelo Instituto de Tecnologia da
Geórgia em Atlanta. Atualmente ela é gerente do grupo de pesquisa
avançada de Sistemas Operacionais da IBM em Nova Iorque. Também é
possível falar de Juliana Freitag Borin Ph.D em ciência da computação da
Unicamp e Cláudia Maria Bauzer Medeiros , doutora em ciência da
computação pela Universidade de Waterloo, Canadá. Cláudia foi presidente
da Sociedade Brasileira de Computação de 2004 a 2007.
E atualmente, surgiu um novo destaque: Isabel Perce. Com apenas 24
anos, Bel já trabalhou na Microsoft, Google e Deutsche Bank, recebendo
prêmios por seu desempenho. Após a formatura, decidiu viver no Vale do
Silício, centro de inovação tecnológica e empreendedorismo mundial.
Fonte :
GEEKS DE BATOM